A execução da alvenaria compreende dois serviços
distintos:
a Marcação e Elevação da Alvenaria
.
Considerações importantes sobre a Marcação:
Verificação das medidas e esquadros dos pavimentos
Atentar para a colocação da obra no esquadro. No momento
de verificar as medidas e o esquadro do pavimento, deverá
ser utilizada a planta da primeira fiada.
Para a verificação do esquadro devem-se comparar as
medidas das diagonais, que deverão ser idênticas. Para a
verificação do esquadro de um determinado canto da
edificação deve-se confirmar a relação 3, 4, 5 (medidas em
metros).
Cotas acumuladas
As cotas fornecendo a locação de cada “bloco estratégico”,
sempre se dão a partir dos cantos extremos (que são as
origens das medidas), ou em relação aos eixos principais
de referência.
Determinação da referência de nível
Com auxílio de nível laser ou nível alemão, busca-se
encontrar o ponto mais alto do pavimento. Nesse ponto,
assenta-se um bloco, que passa a ser referencia de nível
dos blocos da primeira fiada.
Blocos estratégicos
São os blocos de cantos, blocos de encontro de paredes e
blocos determinados das aberturas de portas.
Blocos esFerros locados fora da posição
corretatratégicos
Os ferros nunca devem ser entortados. Caso ocorra locação
incorreta, eles devem ser retirados e chumbados novamente
na posição correta.
Pontos de graute
Nos locais previstos para grauteamento, é necessário a
limpeza da argamassa de assentamento que se deposita nas
cavidades dos blocos. Para isso devem-se deixar aberturas
laterais nos blocos na primeira e oitava ada de blocos.
Componentes para execução do serviço
A m de não obstruir o trabalho de marcação da alvenaria, é
importante que não se acumulem blocos no pavimento além da
quantidade necessária à execução do serviço.
Sequência de marcação:
1. Assentar, nivelar e aprumar os blocos estratégicos,
conforme a planta de primeira fiada e a referência de
nível determinada na etapa de preparação, utilizando-se a
linha ou linha com pó colorido para marcar sobre o
pavimento a direção das paredes.
2. Concluir a execução da primeira fiada, assentando os
demais blocos. Verificar o nível e alinhamento da primeira
ada e também as medidas da locação dos “blocos
estratégicos”.
3. Assentar os escantilhões, fazendo coincidir a primeira
marca com o nível da primeira fiada dos blocos.
Elevação da alvenaria
O serviço da elevação da alvenaria inicia-se a partir da
execução da segunda fiada. Dependendo da necessidade de
mais ou menos detalhes, pode se ou não encontrar a planta
de segunda fiada no projeto de alvenaria. De maneira
geral, a ausência dessa última planta não compromete a
execução da segunda fiada, pois eventuais dúvidas se
resolvem com os desenhos de elevações das paredes. Convém
lembrar ainda, que nessa etapa já se assentam blocos com
caixas elétricas destinadas, entre outros fins, a tomadas
e interruptores, cujas posições são indicadas também no
desenho de elevação das paredes.
A colocação da argamassa nos blocos pode ser feita de duas
maneiras, segundo observação do projetista.
Equipamentos para assentamento dos blocos
Bisnaga para aplicação de argamassa.
Utilizada na aplicação da argamassa de assentamento e
preenchimento das juntas verticais. Substitui a
tradicional colher de pedreiro.
Palheta para aplicação de argamassa.
Ferramenta construída de madeira, cuja finalidade também é
a de aplicar a argamassa de assentamento. Com ela, porém,
sé se consegue aplicar argamassa nas paredes longitudinais
dos blocos. A aplicação nas paredes transversais deve ser
feita com a colher, verificar com o projetista a
necessidade da colocação da argamassa nas paredes
transversais.
Sequência de elevação da alvenaria:
1. Assentar blocos até à altura do peitoral das janelas.
Verificar tolerâncias quanto ao prumo, nível, planicidade,
alinhamento e espessuras das juntas horizontais e
verticais.
3. Posicionar armaduras e executar grauteamento vertical e
horizontal.
O lançamento do graute, efetuado após a limpeza do furo,
deve ser feito no mínimo após 24 horas do assentamento dos
blocos.
A altura máxima de lançamento é de 3m. Recomenda-se, no
entanto, lançamento de alturas não superiores a 1,60m com
graute auto-adensável.
4.
Assentar blocos até a penúltima fiada e aplicar
componentes pré-fabricados de portas.
5.
Concluída a penúltima fiada, verificar tolerâncias quanto
ao prumo, nível, planicidade, alinhamento e espessura das
juntas horizontais e verticais.
6.
Assentar as canaletas da última fiada, com a opção de uso
de Jotas e Compensadoras, de acordo com o especificado no
projeto. Nesta canaleta serão passados 2 ferros corridos,
fazendo-se o transpasse para garantir amarração das
paredes.
7.
Verificar tolerâncias quanto ao prumo, nível, alinhamento
das canaletas da última fiada e aplicar as armadrras e
grautes.
Cuidados com as aberturas
As aberturas são espaços nos quais as tensões se perturbam
e se concentram. Portanto, a quantidade, o tamanho e a
posição das aberturas influenciam diretamente no
desempenho da parede com elemento estrutural. É muito
importante que o projetista de estruturas receba estas
informações, para que seja avaliada a necessidade ou não
de reforços, ou mesmo para que se façam alterações em nome
do bom desempenho e da economia do projeto. Aqui também os
arranjos simétricos devem ser preferidos.
Esquadrias
Os vãos resultantes da utilização de módulos BE15 não são
compatíveis com as medidas de portas e janelas padrões de
mercado. Os ajustes serão executados utilizando-se os
blocos BC 14/4 e BE20.
Portas
Para obter o ajuste do vão horizontal das portas, partimos
das seguintes considerações:
• Modulação na largura;
• Espessura do batente das portas igual a 3,5cm;
• Fixação dos batentes de madeira com espuma rígida de
poliuretano ou aparafusadas;
• Fixação dos batentes de metálicos com parafusos e
buchas;
• Batentes de madeira: folhas de 62, 72 e 82 cm;
• Batentes metálicos: folhas de 60, 70 e 80 cm;
• Folhas de 62cm: parte-se do vão modular de 76 cm, e
promove-se o ajuste com os componentes BC 14/4 e BE20 em
um das laterais (situação 1a);
• Folhas de 62cm: parte-se do vão modular de 76cm, e
promove-se o ajuste com os componentes BC 14/4 e BE20 em
uma das laterais (situação 1a);
• Folhas de 60cm: parte-se do vão modular de 76cm,
utilizando-se os componentes BC 14/4 e BE20 nas duas
laterais (situação 1b).
• Folhas de 72cm: com vão modular igual a 91cm, os mesmos
componentes devem ser usados nas duas paredes laterais
(situação 2a);
• Folhas de 80cm: com vão modular igual a 91cm, usando-se
os mesmos componentes em uma das laterais (situação 3b);
Modulação na altura
O ajuste do vão vertical das portas ocorre em função dos
revestimentos de piso e do tipo de batente utilizado.
Considera-se a abertura vertical na alvenaria com altura
modular de 220cm mais 1cm de junta (221cm).
Como as dimensões dos batentes comerciais não seguem a
coordenação modular vertical, aparecerá uma diferença da
ordem de 3 a 5cm entre a face superior do batente e a
alvenaria. Recomenda-se o uso de réguas de ajuste
pré-moldada associadas as canaletas para a execução das
vergas das portas.
A régua de ajuste é assentada quando a elevação da
alvenaria atingir o nível da altura da porta. Elas podem
funcionar como apoio para o assentamento das canaletas da
verga, bastando um escoramento provisório no centro do
vão.
Pé-direito e escada
A altura do pé-direito deve atender às exigências legais
de cada município. As alturas mais usuais (piso a piso)
são de 2,8 e 2,6m, medidas que possibilitam a execução da
laje – patamar da escada apoiada em canaletas “J” e
mantendo a modulação.